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Vacinação: dúvidas frequentes (parte 01)

14 Junho 2024

A vacinação é obrigatória? Se a família não quiser vacinar suas crianças, poderá fazer essa opção?

A vacinação no Brasil é obrigatória e amparada pela Constituição Federal, pelo Código Penal e por políticas de saúde pública, inclusive com penas previstas para os responsáveis pelas crianças que não cumprirem essa determinação. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) especifica que “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias” e a  Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA) considera que “a recusa em vacinar os filhos é um ato de negligência e pode ser considerado um crime grave, dependendo das circunstâncias”. 

As vacinas são seguras?

Sim. Todas as vacinas antes da aprovação foram submetidas a testes rigorosos ao longo das diferentes fases de estudos e seguem sendo avaliados regularmente depois que começam a ser usadas, quanto à proteção e às reações que podem causar.

Os benefícios da vacinação superam os riscos de reações, considerando que muitas outras doenças e mortes ocorreriam sem as vacinas.

Por que devemos continuar a receber vacinas para doenças que não estão ocorrendo em nosso meio?

Além de proteger a saúde individual, vacinar a maior parte da população possibilita a eliminação de doenças graves do cenário mundial. Quando se deixa de vacinar, a proteção da população diminui e as doenças voltam, o que pode aumentar a mortalidade infantil e de outras faixas etárias. Um exemplo é o sarampo que já não ocorria no Brasil há mais de duas décadas e voltou porque as coberturas vacinais baixaram, deixando a população desprotegida.

Usar tantas vacinas pode sobrecarregar o sistema de defesa da criança?

Não. Cada vacina estimula a produção de anticorpos específicos, como se a pessoa tivesse apresentado a doença. O sistema de defesa é mais exigido e sensibilizado com a exposição a outros elementos estranhos na rotina, como por exemplo, o consumo de alimentos industrializados ou contaminados por agrotóxicos, cujos componentes químicos exigem reações a essas substâncias estranhas.

As vacinas podem causar reações indesejadas?

Sim. As reações mais comuns são febre, dor, endurecimento e vermelhidão no local da aplicação, mas cada vacina poderá causar reações diferentes. A maioria das reações não contraindica prosseguir com a vacinação. As tecnologias mais modernas para produção de vacinas têm reduzido consideravelmente a ocorrência de reações indesejadas.

Se a criança teve febre nas primeiras doses de vacinas, deverá interromper a vacinação?

Não. A febre é uma reação esperada para várias vacinas e não contraindica continuar com os esquemas vacinais.

Bebês prematuros só devem começar a tomar as vacinas quando tiverem a idade corrigida de nove meses?

Não. O prematuro deverá receber a vacina contra hepatite B ao nascimento independente do peso e da idade gestacional (duração da gravidez). Para a vacina BCG é necessário ter peso mínimo de 2,0 Kg, bem como para as demais vacinas, as quais devem ser administradas nas idades cronológicas correspondentes, ou seja, ao completar os dois meses e em todas as idades seguintes recomendadas. Há um calendário especial de vacinação para o prematuro, o qual deve ser seguido.

[Fonte] Sociedade Brasileira de Pediatria

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